O Processo de Criação das Cerâmicas Effacé
Na Effacé, cada peça nasce do encontro entre tempo, matéria e intenção. Não é apenas barro que moldamos, mas uma experiência que respeita o ritmo natural da transformação. Criar cerâmica artesanal é mais do que uma técnica — é um gesto lento, que inclui paciência no processo.
Neste artigo, convidamos você a mergulhar no processo que dá origem às peças da nossa linha Home. Entender cada etapa é também reconhecer o valor do feito à mão.
1. A modelagem: forma com as mãos
O ponto de partida é a argila, matéria viva e ancestral. Utilizamos técnicas manuais como acordelado, beliscão ou placas para construir cada peça, respeitando seu tempo e suas limitações. Aqui, não há moldes industriais — há gesto, tato e escuta. Cada curva, cada assimetria, carrega a singularidade do feito à mão.
Essa fase exige concentração e respeito: modelar é, também, antecipar como o barro irá se comportar nas etapas seguintes.
2. A secagem: pausa
Depois de moldadas, as peças entram em repouso. Secam lentamente ao ar livre ou em ambiente controlado, sem exposição direta ao sol ou correntes de ar intensas. Esse tempo é vital: se for apressado, o barro pode rachar ou deformar.
A secagem pode durar de dias a semanas — e cada peça é monitorada com atenção até atingir o chamado ponto de osso seco, quando está pronta para o forno.
3. A queima de biscoito: "cozido duas vezes"
Completamente secas, as peças vão ao forno pela primeira vez, em uma queima chamada de “biscoito”, que atinge entre 850°C e 1000°C. É neste momento que o barro se torna cerâmica — rígido, poroso e resistente. A estrutura da peça se estabiliza, e ela pode, então, receber esmalte.
A critérrio de curiosidade, chamamos de queima de biscoito a primeira queima da peça, em que o nome vem da aparência que o barro ganha após essa etapa: seco, opaco e levemente poroso — como um biscoito. Essa queima tem uma função essencial: retirar a água da argila, endurecer a peça e prepará-la para receber esmalte. A origem do termo vem do latim bis coctus — “cozido duas vezes” —, referência ao processo tradicional da cerâmica artesanal: uma queima para estruturar, outra para finalizar.
4. A esmaltação: técnicas e efeitos
Cada peça é esmaltada à mão com designers pensados para dialogar com sua forma e função. Usamos esmaltes de alta temperatura que, ao serem queimados, desenvolvem cores suaves, texturas orgânicas e acabamentos únicos.
A aplicação pode ser feita por imersão, vertimento ou pincel, e cada técnica traz um resultado diferente à superfície.
5. A queima final: consolidação da cerâmica
Por fim, as peças voltam ao forno, agora para a queima de esmalte — entre 1100°C e 1250°C. A essa temperatura, o esmalte se funde à cerâmica, vitrificando a peça. É aqui que tudo se transforma: o brilho aparece, as cores se revelam, e a peça atinge sua forma definitiva.
Por que nossas peças levam tempo
Criar uma peça na Effacé leva entre 30 e 45 dias úteis. E isso não é acaso — é escolha. Entre uma etapa e outra, há pausas. O barro precisa respirar, firmar-se, transformar-se. Respeitamos esse tempo porque acreditamos que o cuidado, a paciência e a atenção se revelam em cada detalhe.
Produzir cerâmica artesanal é trabalhar com o imprevisível — com a umidade do ar, a espessura da peça, o comportamento do esmalte. Por isso, cada peça é única. E essa unicidade é, para nós, a verdadeira beleza do feito à mão.
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